Olha o alemão… é uma forma bem-humorada de brincarmos, com quem esquece das coisas, pelo menos aqui no Sul, usamos esta forma de alerta, quanto a possibilidade de sermos “parceiros” do Alzheimer (doença). Ou seja, a doença que leva o nome do médico, que a diagnosticou, pela primeira vez.
Com o aumento da expectativa de vida, a nível mundial, temos na mesma proporção o aumento de incidência, da doença de Alzheimer. A preocupação aumenta de forma individual e coletiva. A mesma traz auto incapacidade, consequentemente envolve a família, de forma drástica, que por sua vez, precisa se adequar a novas situações complicadas, causa uma série de transtorno na vida dos envolvidos. Além disto, há custos diretos e indiretos, sejam eles financeiros ou, emocionais. Atualmente, ela é a causa mais comum de demência, em indivíduos com mais de 60 anos.
Você poderá encontrar aproximadamente 354.000 sites sobre o Mal de Alzheimer na Internet.
Histórico da doença
Ele, Alois Alzheimer, médico alemão, viveu entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX. Em 1907 publicou o artigo intitulado “A characteristic serious disease of the cerebral córtex”, onde apresenta dados clínico e anatomopatológicos de um caso específico. A paciente: Auguste D., na época com 51 anos apresentava sintomas delirantes, alterações de linguagem e de memória, desorientação no tempo e no espaço, que se instalaram de forma progressiva, piorando o quadro clínico da mesma. Ela faleceu quatro anos e meio após o início dos sintomas, em estágio avançado de demência, foi submetida a exame anatomopatológico.
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Alzheimer observou acúmulo de placas características no espaço extracelular, chamadas de placas senis, e lesões neurofilamentares no interior de neurônios, distribuídas difusamente pelo córtex cerebral. Cinco anos após, em 1912, o renomado professor de psiquiatria alemão E. Kraepelin faz pela primeira vez uma menção, em seu compêndio de psiquiatria, dissertando como “esta doença descrita por Alzheimer”. A partir dessa época, o epônimo doença de Alzheimer passou a ser utilizado para os casos de demência ocorrendo na faixa etária pré-senil, ou seja, antes dos 65 anos, e que apresentavam características clínicas e neuropatológicas semelhantes à paciente inicialmente descrita. Segundo o site doença de Alzheimer.
O diagnóstico, por décadas foi definido como causas de demências degenerativas pré-senil, atualmente, a partir do século XX, como demência senil, essa dicotomia teve origem nas disputas acadêmicas, entre diferentes escolas psiquiátricas, alemãs da época. Foi a partir de do fim da década de 60, que estudos diferentes, demonstraram que, a até então doença denominada de Alzheimer e a demência senil eram na mesma condição clínico-patológica, embora com algumas diferenças de apresentação clínica, ou seja, semelhantes.
A partir da década de 70, a doença de Alzheimer, passa a ser empregada de forma definitiva, para os casos de demência degenerativa, que apresenta lesões cerebrais, descritas como placas senis e, emaranhados neurofibrilares, independente da faixa etária, do início dos sintomas.
O ano de 1984, passa a nortear critérios para diagnosticar a doença de Alzheimer, pesquisas e a as atividades clínicas aos pacientes.
Os 25 Sintomas Da Doença De Alzheimer
De todas as pessoas que sofrem de demência, estima-se que 50 a 70% dos indivíduos afetados tenham a doença de Alzheimer. Conheça os 25 sintomas que determinam o aparecimento da doença de Alzheimer e faça o melhor diagnóstico possível para aumentar a qualidade de vida de um doente.
A doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, lenta, progressiva e irreversível de diversas funções do conhecimento e revela-se na perda de memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras. No entanto, um único sintoma não indica necessariamente que uma pessoa sofra de Alzheimer ou de demência.
Por exemplo, existem várias causas para a perda de memória e a falta dela não é sinónimo de doença. Contudo, se juntamente com a perda de memória, existirem alterações significativas no comportamento e na capacidade funcional da pessoa, estes podem ser sinais claros do surgimento da doença de Alzheimer.
Dos aspetos principais que constituem a doença de Alzheimer, destacam-se os sintomas seguintes:
1. A Perda De Memória
A maior parte dos doentes com Alzheimer não consegue lembrar das mais pequenas coisas do dia-a-dia como, por exemplo: o que fizeram no dia anterior, os nomes das pessoas que os rodeiam, o que comeram ao almoço, os animais de estimação que têm, números de telefone e conversas recentes, entre outros. Em todo o caso, a perda de memória pode não ser consistente e o facto de não se lembrar hoje não quer dizer que não o faça amanhã.
2. O Estado Agitado E O Humor Alterado
É comum para alguém que sofre de Alzheimer parecer ansioso ou agitado. A agitação resulta geralmente do medo, confusão, pressão ou fadiga que um doente possa estar a sentir. Por outro lado, as mudanças radicais também contribuem para uma enorme agitação e mudança repentina de humor. Independentemente do motivo ou situação, um doente de Alzheimer pode passar de um estado calmo para um estado de raiva sem qualquer motivo aparente.
3. O Julgamento Debilitado
Uma pessoa que tem a doença de Alzheimer tem tendência a tomar as decisões mais disparatadas e/ou inadequadas perante uma determinada situação. Um exemplo dessa irresponsabilidade está na forma imperfeita de se vestir ou na incapacidade de avaliar por si próprio aquilo que é mais seguro. Por norma, as primeiras mudanças, ocorrem no julgamento de uma pessoa estão relacionadas com a gestão das suas finanças, é quando o dinheiro começa a ser gasto de forma inusitada e incorreta.
4. Dificuldade Em Lidar Com O Dinheiro
A dificuldade em lidar com o dinheiro é um obstáculo muito difícil de ser ultrapassado para quem sofre de Alzheimer. A incapacidade de pagar contas, de fazer as compras essenciais, administrar um orçamento, é um sinal claro de demência psíquica, indica se um indivíduo está ou não na posse de todas as suas faculdades.
5. Dificuldade Em Realizar Tarefas Familiares
Uma pessoa que sofre de demência leva mais tempo a concluir as tarefas mais básicas do dia-a-dia que, por hábito, já realizou milhares de vezes. Por exemplo, um cozinheiro experiente pode ter sérias dificuldades em fritar um ovo ou qualquer outro tipo de cozinhado de fácil realização.
6. O Problema Do Planeamento E Resolução De Problemas
À medida que a demência progride, podem existir maiores dificuldades de concentração. De uma forma mais particular, uma pessoa que sofre de Alzheimer não consegue seguir um plano, tomar a medicação de forma correta ou gerir um orçamento. Por outro lado, a sua capacidade de decisão e resolução de problemas é nula.
7. Trocar O Lugar Das Coisas
Um dos sintomas mais frequentes da doença de Alzheimer está relacionado com a troca sistemática do lugar das coisas. Por exemplo, é muito frequente encontrar as chaves de casa no congelador ou o comando da televisão na gaveta das meias, entre outras situações insólitas. Existe uma tendência para o esquecimento, mas também para deixar as coisas nos locais mais incomuns. É também de registar que é frequente acusarem outra pessoa de esconder ou roubar os seus pertences.
8. A Desorientação No Tempo E No Espaço
A percepção do tempo e do espaço é um dos problemas mais graves que afeta um doente de Alzheimer. É muito fácil ficar perdido na rua, uma vez que não se recorda do local onde vive, não tem a noção das datas, estações do ano e/ou passagem do tempo, entre outras situações temporais e espaciais.
9. A Dificuldade Em Comunicar
As capacidades linguísticas e comunicacionais de uma pessoa com Alzheimer vão diminuindo com o passar do tempo. Uma pessoa pode ter imensas dificuldades em encontrar a palavra certa, chamar as coisas pelos nomes errados, inventar novas palavras, entre outras situações. Esta condição carece de atenção, pois pode conduzir ao isolamento e depressão.
10. Vaguear Sem Rumo
Infelizmente, cerca de 60% das pessoas com demência têm uma tendência para vaguear sem qualquer tipo de destino. Isso deve-se à inquietação, medo, confusão em relação ao tempo e incapacidade em reconhecer pessoas, familiares, lugares e objetos. Em alguns casos, a pessoa pode sair de casa a meio da noite para satisfazer uma necessidade física, como encontrar uma casa de banho/banheiro ou comida, ou até pode querer ir para casa quando já está efetivamente em casa.
11. O Discurso Repetitivo
A repetição frequente de palavras, frases, perguntas ou atividades é uma característica da demência e da doença de Alzheimer. Esse comportamento repetitivo é provocado, por vezes, pela ansiedade, stress, ou para alcançar o conforto, segurança ou familiaridade.
12. As Dificuldades Visuais E Espaciais
As pessoas que sofrem da doença de Alzheimer tendem a ter dificuldades de leitura, em julgar distâncias ou a determinar a cor e/ou contraste de um determinado tipo de material. Em termos de percepção, é comum que uma pessoa se olhe ao espelho e pense que está na companhia de outra pessoa sem se ter apercebido que está diante do seu próprio reflexo.
13. A Realização De Atividades Sem Qualquer Tipo De Propósito
Se detectar que um familiar que está ao seu cuidado faz todo o tipo de esforços para a realização de uma atividade sem qualquer tipo de objetivo como, por exemplo, abrir e fechar uma gaveta várias vezes, isso poderá significar que essa pessoa sofrerá de demência e, consequentemente, de Alzheimer. Apesar de não terem uma finalidade última, esse tipo de comportamentos revela a necessidade que uma pessoa tem em se sentir produtivo ou ocupado.
14. A Necessidade De Se Afastar De Todo O Tipo De Atividades
A doença de Alzheimer pode ser uma doença muito solitária e pode originar uma falta de interesse geral nas mais variadas atividades sociais ou pessoais. É comum que uma pessoa que sofra desta doença deixe de fazer os seus passatempos preferidos, pois, para além de não se recordar como os faz, também já não sente o mesmo prazer em fazê-lo.
15. A Perda De Iniciativa E Motivação
A apatia, perda de interesse e de motivação em atividades sociais ou pessoais podem levar uma pessoa à depressão e, consequentemente, ao isolamento. A depressão dificulta muito a tarefa de um doente pois impede-o de articular corretamente os seus sentimentos e faz com que ele não tenha qualquer vontade ou iniciativa própria.
16. O Não Reconhecimento Da Família E Dos Amigos
De uma forma geral, as pessoas que têm Alzheimer esquecem o que aprenderam e quem conheceram e isso faz com que não reconheçam os seus amigos e familiares mais próximos. Num estado avançado e final da doença, as pessoas podem apenas recordar-se dos seus pais e de apenas algumas passagens com eles.
17. A Perda Das Habilidades Motoras E Do Sentido Do Tato
A demência afeta as capacidades motoras e interfere com o manuseamento de roupas ou todo o tipo de utensílios, como as tesouras ou os garfos. Contudo, a perda das habilidades motoras e do sentido do tato podem estar relacionados com uma doença muito diferente, como a doença. Deve observar esses sintomas e comunicá-los imediatamente ao seu médico de família para um diagnóstico mais detalhado.
18. A Dificuldade Em Se Vestir
A forma como um indivíduo se veste diz muito sobre a condição psicológica de uma pessoa. No caso de um doente de Alzheimer é comum ele utilizar a mesma roupa durante vários dias, pois esquece-se que a mesma já foi usada. Por outro lado, as dificuldades em apertar ou desabotoar os botões de uma camisa ou de um casaco, assim como realizar o nó de uma gravata são também um enorme handicap devido à perda das habilidades motoras.
19. O Desleixo Com A Aparência E Higiene Pessoal
Os doentes de Alzheimer têm tendência para serem desleixados com a sua aparência e higiene pessoal, e esquecem-se, na maioria das vezes, de escovar os dentes, cortar as unhas, tomar banho e até utilizar a casa de banho/banheiro para a realização das suas necessidades.
20. Esquecer As Refeições Principais
dia.. Existe também a hipótese de um indivíduo perder a capacidade de dizer se um alimento ou bebida está quente ou frio demais para comer ou beber. Por vezes, face ao facto de não se lembrarem de como utilizar os talheres, alguns indivíduos chegam a levar a comida até à sua própria boca com a mão.
21. O Comportamento Inadequado
Na fase terminal da doença de Alzheimer, um indivíduo pode revelar um comportamento inadequado e agir de forma atípica em várias situações distintas. Por exemplo, é comum esquecerem-se que são indivíduos casados e começam a fazer avanços sexuais inapropriados com outros parceiros, ou podem tirar a roupa em horários impróprios e em locais invulgares.
22. A Capacidade De Delirar
Os delírios e a paranoia são comuns nos doentes que sofrem de Alzheimer e alguns chegam a ter a forte convicção ou ilusão de que alguém o está a tentar ferir ou matar. A perda da memória e a confusão são os responsáveis principais pela má interpretação do que um doente vê e ouve.
23. A Agressão Física E Verbal
A demência vai piorando com o tempo e com ela vão-se alterando os comportamentos e é normal que alguém se torne física ou verbalmente mais agressivo. As explosões verbais, gritos, ameaças e empurrões podem ser uma constante e podem surgir do nada. No entanto, é de realçar que a agressão verbal ou física pode estar relacionada com algum desconforto físico, incapacidade de comunicação ou frustração perante uma determinada situação.
24. As Dificuldades Em Dormir
Alguns sintomas como a agitação, ansiedade, desorientação e confusão tendem a piorar à medida que o dia passa e podem continuar durante a noite, fazendo com que existam muitas dificuldades em adormecer e dormir. Essa perturbação do sono pode estar relacionada com as alterações do relógio biológico de uma pessoa e é uma razão comum que leva muitas vezes os familiares a colocar os seus entes queridos num lar de idosos.
25. A Imitação Ou O Comportamento Infantil
Os especialistas afirmam que quem sofre da doença de Alzheimer fica completamente dependente de um determinado indivíduo e imita-o de forma infantil, chegando até a segui-lo como uma espécie de “sombra”. Este comportamento surge, muitas vezes, pelo receio em encarar a forma confusa como o mundo é percepcionado e pela necessidade de ter por perto uma pessoa em quem se confia totalmente.
Neste artigo, a ideia é sabermos um pouco do vasto mundo, desta doença chamada Alzheimer. Como toda doença, há sempre muito para se conhecer, com esta, não seria diferente. O conhecimento, sempre, é uma luz no túnel. Toda doença é uma inimiga a ser desvendada e quanto mais soubermos dela, mais condições teremos de enfrentá-la, tanto, quanto possível, determos a progressão da mesma, para vivermos a vida com qualidade e dignidade na proporção que formos agraciados.
Nos próximos artigos, saberemos mais sobre Alzheimer.
Até o próximo,
Fontes:
http://www.crfaster.com.br/alzeim.htm
www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/alzheimersdisease.html