A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral. A boca é um dos principais acessos do corpo e o acúmulo de bactérias nessa “porta de entrada” pode produzir sérias doenças. Afinal de contas, todo nosso corpo se comunica por meio dos vasos sanguíneos, o que poderia fazer as bactérias causadoras de doença “viajarem” para os mais diversos lugares do corpo, procurando um local apropriado para se instalarem. Portanto, quanto mais saudável estiver a boca, melhor será o desempenho das barreiras de proteção do corpo, também. Aquela limpeza eficiente e frequente aliada à melhor nutrição são parte fundamental para manter a integridade e as importantes funções da boca enquanto você viver. No que depender de bons cuidados e começando o mais cedo possível, você pode ter todos os seus dentes e gengivas íntegros até o fim de sua vida.
As doenças mais comuns causadas, principalmente, por má alimentação e higiene deficiente são a cárie e as doenças periodontais, enfermidades extremamente comuns no ser humano. Estas são causadas por bactérias presentes na placa bacteriana, que nada mais é do que aquela “massinha” branco-amarelada que fica em cima dos dentes depois que comemos. Quando ela não é removida de modo eficiente, as bactérias começam a produzir ácidos. Por sua vez, esses ácidos começam a remover os minerais dos dentes, iniciando pela camada mais externa e dura: o esmalte. Por conta disso, forma-se uma superfície branca, opaca e áspera. Este é o início da infecção crônica e contagiosa chamada cárie, que é transmissível pela saliva, através do beijo e compartilhamento de talheres entre mães e filhos, por exemplo.
Essa doença tem seu início com a contaminação por bactérias específicas na saliva e está presente muito antes do dente ficar preto ou de se formar aquele “buraco”, por isso esteja sempre atento a hábitos de prevenção como, por exemplo, evitar o consumo de açúcar. Segundo pesquisadores, muitos podem se enganar, pensando que só o açúcar refinado causa cáries, porém, os açúcares demerara, mascavo ou orgânico, são tão cariogênicos (causadores de cárie) quanto o refinado; e segundo artigo publicado em março deste ano no APCD jornal, nem mesmo o mel fica de fora deste potencial por sua alta quantidade de sacarose e consistência pegajosa. Entretanto, se você não tem nenhuma contraindicação (como diabetes), vale a pena usá-lo com moderação, pois o mel é o substituto mais puro e natural que existe para o açúcar, lembrando que não elimina a necessidade da escovação e cuidados após seu consumo. Como diz o ditado: “mais vale uma gota de prevenção do que uma tonelada de cura”.
Já se tratando de gengivas e mucosas, é possível afirmar que quase todas as pessoas têm ou tiveram algum grau de inflamação nas mesmas. Um dentista pode identificar onde estão os problemas e ensinar como preveni-los ainda bem no início, mas cada pessoa também pode fazer muito em conhecer e observar com frequência sua boca e a de seus filhos. Para identificar a gengivite, que é uma inflamação em estágio inicial das gengivas, é só ver se ela sangra ao passar o fio dental ou durante a escovação. De um modo geral, quando a inflamação não é tratada, pode se estender, sendo chamada então de periodontite. Penetrando mais profundamente, essa infecção afeta os tecidos de suporte do dente, como o osso alveolar. Dessa forma, os dentes “ficam moles” ou seja, perdem sua fixação natural. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, as bactérias presentes na gengiva destroem as fortes fibras que ligam o dente ao osso (ligamento periodontal). Num estágio avançado leva-se à perda de um ou mais dentes, podendo fazê-los “saltarem” da boca até mesmo num espirro!
Quando faltam os cuidados adequados, os riscos para a saúde certamente vão além da boca. As pesquisas publicadas em conceituadas revistas da área médica vêm provando, por exemplo, que há relações estreitas entre infecções periodontais e o risco de desenvolvimento de parto prematuro, nascimento de bebês de baixo peso e pré-eclâmpsia. Outro exemplo disso é a doença chamada endocardite bacteriana, que pode acometer pessoas predispostas a este problema, e é uma infecção gravíssima que pode atingir várias partes do coração. Pode ter sua origem na boca e ser consequência de má higiene. Muitos outros problemas podem começar na boca, assim como muitas doenças do corpo também podem apresentar sinais bucais, sendo um auxílio para o diagnóstico e encaminhamento médico.
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Uma boa saúde não é obra do acaso, exige conhecimento do funcionamento do corpo e das leis naturais, atenção aos sinais e perseverança nos cuidados para o cultivo de bons hábitos. Então, mãos à obra se já faz tempo que não consulta seu amigo(a) dentista e dedica aqueles cuidados diários simples, mas não menos importantes para saúde. Tenha em mente que a remoção de bactérias dos dentes, língua e gengivas, deve ser a mais eficaz possível e tão logo se acabe de comer. Para isso, confie mais na “super dupla” escova e fio dental (que deve ser levada onde você for), do que nos cremes dentais e enxaguatórios bucais, que são apenas “auxiliadores da limpeza” e podem dar uma momentânea e falsa sensação de limpeza.
Sempre é tempo de começar. Mesmo que você já tenha perdido alguns ou todos os dentes, é necessário continuar a cuidar de sua boca, massageando as gengivas com a escova e higienizando muito bem as próteses para prevenir doenças. Lembremos que Daniel nos deixou um excelente exemplo, em apresentar seu corpo todo “como um sacrifício, vivo, santo e agradável a Deus” Romanos 12:1; e todos nós podemos aprender com seus hábitos. Com a ajuda de Deus podemos ser vencedores, abandonando tudo que nos faz mal, seja o açúcar ou a condescendência própria.
Por Evelin Vieira