Açúcar não é açúcar. Parece confuso? Concordo, a culpa é da teoria dos açúcares. Açúcar de verdade, aquele de que seu corpo necessita e que fornece energia para você viver, só existem dois: a glicose e a frutose. Apenas esses dois açúcares foram preparados pela natureza para consumo humano.
Glicose e frutose são chamados de açúcares simples porque já estão prontos para ser utilizados pelo organismo.
Do jeito que forem ingeridos serão assimilados, não sofrem nenhuma ação de enzimas digestivas, não dão trabalho ao organismo. Glicose e frutose são irmãos gêmeos, possuem a mesma fórmula química (isomeria) e são fontes diretas de energia.
O mecanismo biológico veio a ser perturbado depois da introdução do açúcar, ou melhor, da intromissão do açúcar na mesa da humanidade. Isso porque o açúcar não era um novo alimento que estava chegando à mesa, mas um produto químico, uma substância não nutritiva que apenas adicionava calorias aos alimentos, além de sabor doce. Calorias inúteis que se revelaram nocivas à saúde. O açucareiro deu uma cotovelada no pote de mel da mesa e se instalou como um adoçante com pretensões hegemônicas.
O povo brasileiro, ricos e pobres, homens e mulheres está comendo mais porcarias açucaradas e menos comida de verdade. Refrigerantes (o principal transportador de açúcar para a barriga da humanidade) teve seu consumo aumentado em quase 400%; bebidas alcoólicas açucaradas teve um aumento de mais de 100%. Só o refrigerante de guaraná, com a ajuda das tubaínas, saltou de 1,3 kg por pessoa por ano para 7,7kg. Iogurte (12% de açúcar) pulou de 0,4% kg para 2,9 kg por pessoa por ano em média. Quanto à comida de verdade o consumo de feijão caiu 30%, arroz 23%, batata 41%, peixe 41%.
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