Recebo muitas visitas em minha casa (mais de mil pessoas nos últimos seis anos). A maioria é de casais com filhos pequenos ou adolescentes. Não pretendo criticá-los, pois essa atitude não é cristã, mas valer-me dessa experiência à mesa para alertar quem vive o mesmo dilema, ou seja, saber quem manda na hora da refeição.
Tenho percebido que o problema não se restringe à mesa, mas se agrava nessa hora. Afinal nossa mesa é um altar e ali adoramos a Deus, a nós mesmos e/ou aos filhos. A mesa torna-se um campo de batalha entre o certo e o errado, entre filhos mimados e pais permissivos e complacentes. O crítico dessa situação é que os pais são bem-intencionados e acreditam estar fazendo o melhor para a saúde de seus pequenos, mas, por assumirem uma atitude equivocada estão deformando o caráter dos filhos, além de, efetivamente, não contribuírem nem mesmo para a saúde deles.
A fartura tem sido mais danosa do que a escassez. Os filhos, em geral, não têm a menor noção de que uma mesa farta é motivo de imensa gratidão ao Pai Celestial, pois o alimento saudável é um milagre do Todo Poderoso. Afinal, estamos preparando nossos filhos para serem pequenos deuses, idólatras de do próprio apetite, ou para serem servos de Deus fiéis e agradecidos?
Para saber quem manda à mesa, responda às seguintes perguntas:
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1) Você pergunta para o seu filho o que ele quer comer do que está sobre a mesa?
2) Você insiste ou mesmo sutilmente ameaça seu filho para ele comer o que você quer que ele coma?
3) Você parabeniza seu filho ou demonstra alegria porque ele comeu o quê ou o quanto você queria que ele comesse?
4) Você promete sobremesa ou algum tipo de recompensa para seu filho comer o quê ou o quanto você quer que ele coma?
5) Quando seu filho demonstra que não quer mais, você diz para ele comer só mais uma colherada ou só mais isto ou aquilo?
6) Você faz “aviãozinho” (para os pequenos) ou algum malabarismo, como retemperar ou mudar a apresentação do que está servido, para que seu filho coma o que você quer, ou mesmo prepara outra comida de forma especial para ele?
7) Você dá alimentos fora dos horários das refeições para evitar que seu filho fique desnutrido por não ter comido bem à mesa?
Se você respondeu “sim” a somente uma das questões acima o seu caso já pode ser considerado preocupante, se respondeu sim a duas ou três, o caso é grave, de quatro para cima é gravíssimo, mas sempre há solução, e o quanto antes melhor.
Os filhos precisam aprender que comer não é um favor que fazem aos pais, mas um grande privilégio. Essa compreensão vai depender da postura dos pais. Muito mais importante do que uma refeição é o caráter – a única coisa que levaremos da terra para a eternidade.
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