Todos nós sabemos que na vida algumas parcerias dão êxito, outras infelizmente não. O surpreendente é que o mesmo pode ocorrer quando o assunto em questão refere-se aos alimentos e seu efeito sobre nosso organismo.
No prato, as múltiplas variedades, com suas cores e tamanhos sempre combinarão perfeitamente. No entanto, o mesmo não se pode dizer após a ingestão dos mesmos. Por isso, não basta apenas dar preferência aos alimentos saudáveis, é essencial também saber como combiná-los adequadamente, e isso, é fato científico.
Pesquisadores da área nutricional afirmam que é preciso pensar em como combinar os alimentos de maneira que sejam saudáveis não apenas no prato, mas principalmente em nosso organismo. Segundo estudos recentes na ciência nutricional e da saúde, ingerir dois ingredientes, três ou mais juntos, surtem efeitos diferentes de consumi-los isoladamente.
Na maioria das vezes é fácil achar que o organismo se encarrega de resolver todo o problema e absorver os nutrientes, entretanto, algumas combinações de alimentos ao interagir entre si, podem liberar substâncias com efeito benéfico, ou em sentido totalmente oposto. A fim dos benefícios serem aproveitados, é indispensável considerar, além de outros fatores, a combinação entre os alimentos, a qual é uma das chaves do sucesso.
É preciso considerar que após a ingestão, ocorrem interações bioquímicas durante o processo digestivo, que influenciarão na correta absorção dos nutrientes ou produzirão toxinas responsáveis por desencadear fermentação, azias, indisposição, contaminação do sangue, indigestão, dentre outros. O fato é que tudo irá repercutir profundamente no estado de sua saúde, tanto no aspeto físico, quanto no mental e espiritual.
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Para garantir uma ótima digestão e absorção dos nutrientes, é também fundamental classificar os alimentos em grupos, incluindo seu tempo de digestão. Assim fazendo, podemos definir os alimentos que devem ser ingeridos sozinhos e os que podem ser combinados; além disso, entendermos ainda o porquê dessas escolhas serem tão importantes para o nosso bem estar em geral.
Agora, com base nas informações expostas, vamos analisar cuidadosamente a questão, para descobrir se é possível ou não combinar frutas e verduras em sua dieta, e ainda assim garantir saúde.
Em uma Palestra realizada em Florianópolis/Julho/2013, o Dr. Silmar Cristo, membro do Conselho de Nutrição, Atividade Física e Metabolismo da Associação Americana de Neurociência e Fundador da Health International, explicou que “as frutas têm transito rápido pelo estômago. Sua digestão é em média de 30 minutos. Já as verduras ou hortaliças, em virtude de conter mais fibra e celulose, seu tempo de digestão é mais demorado. Isso é um indicativo de que as frutas devem ser ingeridas separadamente para que a digestão aconteça no tempo correto, permitindo ao organismo aproveitar todos os nutrientes sem o prejuízo ocasionado pela fermentação”.
Observemos agora o que nos diz a escritora EGW em alguns de seus livros:
“Cereais, frutas, nozes e hortaliças, combinados convenientemente, contêm todos os elementos da nutrição”. Educação, 204
“Combinação imprópria, faz a sua obra prejudicial. O sofrimento é a consequência. A doença toma o lugar da saúde. Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos; há fermentação; o sangue fica contaminado e o cérebro confuso”. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 197.
“Frutas e verduras consumidas juntas na mesma refeição produzem acidez estomacal; daí resulta sangue impuro, e a mente não é clara porque a digestão é imperfeita”. CSRA, 113
“Precisamos estudar a arte de preparar de modo simples frutas, cereais e hortaliças”. MS, 281.
“Não é bom comer verduras e frutas na mesma refeição. Se a digestão é deficiente, o uso de ambas ocasionará, com frequência, perturbação, incapacitando para o esforço mental”. CBV, 300.
Nota: Aqui é importante considerar o seguinte: Esta é a única citação referente a combinação entre frutas e verduras, não recomendada à quem possui digestão deficiente. Desta forma, subtende-se também que a mesma não é compatível entre si e não contribui para promover uma digestão saudável em todos os sentidos. Caso fosse saudável, não haveria necessidade de ser evitada pelos que possuem certa dificuldade de digestão. O melhor então é evitar essa “parceria”, lembrando que não somente a escolha é nossa, mas as consequências também. “Não precisamos dessas complexas combinações…, estamos em perigo de fazer dispépticos”. MS, 281.
Ao orientar os estudantes em relação a terceira refeição, EGW disse: “Tomem os estudantes a terceira refeição, preparada sem verduras, mas com alimento simples e saudável, tais como frutas e pão”. CSRA, 178.
Portanto, “melhor é usar as frutas numa refeição e as verduras em outra”. CSRA, 112.
O Dr. Hipócrates há 2500 anos já dizia: “Faça do seu alimento seu remédio”. Lembre-se, combinando corretamente os alimentos, a digestão será rápida, eficiente, não tóxica, e cumprirá sua função, a de nutrir.
Por Adriano Santos – Harmonia com as Leis Naturais