Em meu último artigo publicado, foi visto que é pecado ser intemperante, glutão e condescender com o apetite. A perversão do apetite impacta na formação do nosso caráter, na nossa espiritualidade, na adoração a Deus e na nossa saúde.
Mas, se ainda lhe resta alguma dúvida quanto a este assunto, talvez os textos a seguir possam lhe ajudar a tomar algumas decisões.
“Todos os que são participantes da natureza divina escaparão à corrupção que pela concupiscência há no mundo. É impossível aos que pactuam com o apetite alcançar a perfeição cristã.” Testimonies, v. 2, p. 400. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 57.
“É impossível ao homem apresentar o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, enquanto persistir na condescendência com hábitos que o privam do vigor físico, mental e moral.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 119.
“Quando reconhecemos as ordens de Deus, vemos que Ele requer que sejamos temperantes em todas as coisas. A finalidade de nossa criação é glorificarmos a Deus em nosso corpo e nosso espírito, que a Ele pertencem. Como podemos fazer isso se condescendemos com o apetite, para prejuízo das faculdades físicas e morais? Deus requer que apresentemos nosso corpo em sacrifício vivo. É-nos, pois, imposto o dever de preservar esse corpo na melhor condição de saúde, a fim de que possamos cumprir o que Ele de nós requer. ‘Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.’” 1 Coríntios 10:31. Testimonies, v. 2, p. 65. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 155-156
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“Que ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, e se lisonjeie pensando não ser pecado a intemperança, e não afetar sua espiritualidade. Existe íntima afinidade entre a natureza física e a moral.” The Review and Herald, 25 de janeiro de 1881. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 165.
Como um cristão sincero você deve estar se perguntando: “É possível dominar o apetite? Como conseguir a vitória?”.
Digo a você que, com esforço próprio, é impossível vencer essa luta. Não se trata apenas de mudança de hábitos alimentares, mas da renúncia do “eu”, de dependermos de Deus. Isso, só conseguimos com os joelhos no chão, com oração, estudo da Palavra, jejum e testemunho de cada passo dado rumo à vitória.
Por experiência própria, recomendo (e sei que todos os colunistas do Portal também) que você, querido leitor, comece o dia com Deus, entregue sua primeira hora a Ele, cada manhã. Programe-se para acordar uma hora antes do seu horário habitual para estar a sós com Deus, assim como fazia Jesus. Entregue-se a Ele diariamente. Ele falará com você, por meio de Sua Palavra e do Espírito de Profecia. Quem sabe você possa ter esses momentos em meio a natureza. Melhor ainda, porque Ele se comunica conosco por meio dela. Experimente.
“Cristo feriu a batalha no terreno do apetite, e saiu vitorioso; e nós também podemos vencer, pelo poder dEle recebido. Quem entrará pelas portas na cidade? — Não os que declaram não poder romper com a força do apetite. Cristo resistiu ao poder daquele que nos queria prender em escravidão; conquanto enfraquecido por Seu longo jejum de quarenta dias, resistiu Ele à tentação, provando por esse ato que nossos casos não são sem esperança. Bem sei que não podemos alcançar sozinhos a vitória; e quão gratos devemos ser por termos um Salvador vivo, pronto e disposto para nos ajudar!” (1890) Christian Temperance and Bible Hygiene, p. 19. Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 169.
“Mediante o devido exercício da vontade, uma completa mudança pode ser operada na vida. Entregando a vontade a Cristo, aliamo-nos com o divino poder. Recebemos força do alto para nos manter firmes. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e a concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus.” A Ciência do Bom Viver, p. 176.
O texto a seguir mostra o exemplo do Mestre Jesus. Vamos aprender com Ele, que tanto deseja restaurar-nos e dar-nos a vitória:
“Como nossos primeiros pais perderam o Éden por causa da condescendência com o apetite, nossa única esperança de recuperar o Éden está na firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime, e o controle de todas as paixões, preservará o intelecto e dará vigor mental e moral, habilitando os homens a colocarem todas as suas propensões sob o controle das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o errado, entre o sagrado e o comum. Todos os que têm uma verdadeira intuição do sacrifício feito por Cristo ao deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de que pudesse por Sua própria vida mostrar ao homem como resistir à tentação, prazerosamente se negarão a si mesmos, escolhendo ser participantes de Cristo em Seus sofrimentos.
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os que vencem, como Cristo venceu, precisarão guardar-se constantemente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser refreados e postos sob o controle de uma consciência esclarecida, para que o intelecto possa ficar equilibrado, as faculdades perceptivas claras, de modo que as operações de Satanás e suas ciladas não sejam interpretadas como sendo a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória que hão de ser dadas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar a labuta, privações e negação de si mesmos, como fez seu Redentor. É unicamente pela obediência e contínuo esforço que seremos vencedores, como Cristo venceu.
O dominador poder do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares, quando, se houvessem vencido neste ponto, teriam tido poder moral para alcançar a vitória sobre todas as outras tentações de Satanás. Mas os que são escravos do apetite falharão em aperfeiçoar um caráter cristão. A contínua transgressão do homem por seis mil anos, trouxe, como seus frutos, doença, dor e morte.
E ao nos aproximarmos do fim do tempo, as tentações de Satanás para condescendermos com o apetite serão mais poderosas e mais difíceis de ser vencidas. Testemonies, v. 3, p. 490-492. […] Apresentem seu corpo ‘em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’ Romanos 12:1. Esta é verdadeira santificação. Não é mera teoria, ou emoção, ou uma fórmula de palavras, mas um vivo e ativo princípio, que penetra na vida cotidiana. Requer que nossos hábitos de comer, beber e vestir sejam de modo que facultem a preservação da saúde física, mental e moral, a fim de que possamos apresentar ao Senhor nosso corpo – não como oferta corrompida por hábitos errados, mas – ‘sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.’ Romanos 12:1.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 163-164.
Você terminou a leitura e foi impressionado pelo Espírito Santo a fazer um compromisso com Deus e começar esta luta contra o apetite? Então, dobre seus joelhos e converse com Ele. Ore especificamente sobre esta questão. Diariamente apresente a Deus as suas dificuldades e vitórias. Tome a decisão e prossiga através da fé e da vontade de Deus.
“Negar o apetite requer decisão de caráter. Por falta dessa decisão, multidões se arruínam. Fracos, maleáveis, fáceis de ser guiados, muitos homens e mulheres fracassam completamente quanto a tornar-se aquilo que Deus deseja que sejam. Os que são destituídos de decisão de caráter não podem ter êxito na tarefa diária de vencer.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 165.
Se precisar do apoio de irmãos em Cristo também nos colocamos à disposição.
Por Vanessa Rosa – Dia a dia – uma mãe vegetariana