Imagine que você tomou o firme propósito de adotar um estilo de vida saudável, mas quer ir muito além daquelas promessas de fim de ano que não duram mais que alguns dias ou meses. Imagine ainda que esse propósito vem acompanhado de informações consistentes, as quais você teve acesso após uma pesquisa mais acurada.
Então, por não se conter diante da avalanche de novas descobertas, começa a haver uma revolução em sua vida. Num belo dia, ao se convencer de que é importante se exercitar, você põe em prática um plano diário de exercícios. No dia seguinte, ao compreender a importância do repouso para a sua qualidade de vida, desliga-se um pouco da televisão e vai pra cama mais cedo. E assim por diante, numa reação em cadeia de entusiasmo e mudanças de hábito.
Talvez não de maneira tão brusca, mas esse é um cenário comum na vida daqueles que se propõem a mudanças. Principalmente quando estamos convencidos de que, ao assumi-las, nos tornaremos pessoas mais plenas e felizes. Afinal, se podemos ser melhores hoje, é natural que comecemos já! Essa percepção é ainda mais nítida tratando-se de mudanças no estilo de vida, em que algumas atitudes simples produzem resultados muito benéficos.
No entanto, não são todos os que estão dispostos a abrir mão de conceitos tradicionais e se lançar ao novo. Às vezes, o novo causa repulsa ou estranheza, sentimentos tão difíceis de lidar quando partem de amigos ou familiares. Além disso, o quadro se revela ainda mais emaranhado quando o novo se refere a mudanças tão específicas de comportamento, como tudo o que se relaciona com a expressão “estilo de vida”.
Você não compartilha mais dos mesmos alimentos, tem horário certo para repousar, horário certo pra comer, atitudes que soam como um desafio à mentalidade vigente, em que hábitos errôneos não são mais que uma herança deixada de pai pra filho, que por sua vez legitima e inaugura um infindável ciclo vicioso e doentio. Essa é a cultura da doença, da supervalorização dos remédios, em que agir pela prevenção ainda é tido como algo estranho.
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Assim, é possível compreender melhor as atitudes de reprovação, desgosto e até perseguição tomadas por parte, inclusive, daqueles que mais nos amam, como nossos pais e amigos. Nesse momento, é importante exercer o domínio próprio, um importante fruto do Espírito Santo, que proporciona o equilíbrio necessário entre o ímpeto de transmitir coisas boas e a sensibilidade para perceber o outro.
Na verdade, precisamos internalizar a mensagem de Romanos 12:2, que ao mesmo tempo que diz para não nos conformarmos com este mundo (significando que as mudanças realmente precisam ser feitas), diz também para nos transformarmos pela renovação da nossa mente, para que experimentemos qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Dessa maneira, somos convidados a, nesse processo de descobertas e mudanças, sermos tolerantes com o nosso próximo, que na maioria das vezes são os nossos amigos e familiares. Isso significa que não podemos impor a eles nossas concepções, até porque o que se impõe não costuma se visto como prazeroso e atrativo.
Ao invés do discurso negativo, entremeado pelo “não pode”, devemos reafirmar a cada oportunidade, o que há de positivo na adoção de determinado hábito saudável. E tal atitude se mostra valiosa, especialmente quando somos confrontados com a incompreensão e intolerância dos que nos cercam. Esteja certo de que por trás de um olhar hostil pode haver simplesmente alguém querendo testar até onde você é capaz de ir com suas convicções, que serão tanto mais sólidas quando mais se aproximarem do princípio divino de amar ao próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas (Mateus 22: 37-39). Se for essa a sua motivação ao adotar hábitos saudáveis, o próprio Deus lhe dará forças e sabedoria para agir de maneira equilibrada em cada situação, ao colocar-se no lugar do outro que lhe critica, ou lhe causa constrangimentos. Agindo assim, atrairá muitos a conhecerem seu novo estilo de vida, surgindo as melhores oportunidades de transmitir a sua experiência. Confie nisso e será bem-sucedido em sua jornada, pois esse é o método infalível tantas vezes praticado pelo próprio Jesus, que saía de situações muito embaraçosas sem abrir mão de qualquer princípio celestial.
Por : Otávio Simões – Da Causa para o Efeito