(Continuação do texto “O que é, de fato, depressão?”)
Conforme relatei no texto “Depressão é tristeza?”, não foi fácil identificar, entender e assumir minha doença, pois eu não compreendia que “a depressão não é meramente uma doença mental com sintomas mentais” (NEDLEY, 2010, p. 21). Essa ideia popular, de que depressão se restringe ao aspecto mental, foi a causa de tanta relutância em me expor e tratar. Para mim, psiquiatra era médico de doido, e eu não me identificava nem um pouco com aqueles pacientes insanos de filmes. Hoje, com a ajuda do Dr. Nedley, eu entendo que “essa percepção vem de uma milenar distorção ensinada pelos antigos filósofos gregos – de artificialmente separar a mente do corpo. A expressão ‘doença mental’ frequentemente se torna um obstáculo à compreensão pública” (Ibid). Por isso, antes de definir as causas e o tratamento para a depressão, é necessário entender sua relação com o físico.
Você sabia que a depressão agrava doenças como derrame cerebral, doença cardíaca, câncer e pneumonia, podendo levar à morte? E mesmo que não aumente o risco de morte, pode ter efeitos que diminuem a qualidade de vida, como redução do tamanho do cérebro, aumento dos hormônios do estresse, osteoporose, hipertensão arterial, asma, cefaleia, incapacidade física, convulsões, infertilidade, diminuição de hormônios sexuais, dificuldade em diabéticos para controlar os níveis de açúcar no sangue.
As mudanças no cérebro, por exemplo, podem ser permanentes, comprometendo a aprendizagem e memória, quando o hipocampo é diminuído, e as emoções, quando a amígdala do cérebro é diminuída. No meu caso, apesar de eu estar curada da depressão há cerca de três anos, minha memória nunca mais foi a mesma. Tenho sérias dificuldades para me concentrar e memorizar. É muito comum, durante uma conversa, me dar branco. Isso pode ser explicado pelo aumento dos hormônios do estresse durante o longo período de depressão pelo qual passei. O estresse, que está intimamente relacionado com a depressão, também pode ser o responsável pela minha grande dificuldade de engravidar.
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Como já dizia Ellen White mais de um século atrás: “A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro também o é” (WHITE, 2005, p. 59). Logo, se é verdade que a depressão afeta o físico, também é verdade que o físico a afeta. Por isso, é muito importante tomar cuidado com o que você faz com seu corpo caso queira se prevenir ou curar da depressão.
Que tal aproveitar este fim de ano para reavaliar seu estilo de vida? Como está sua alimentação? Quanta água tem bebido? Tem se movimentado e descansado o suficiente? Tem suprido seu corpo com ar de boa qualidade e na devida quantidade? E a luz solar, com que frequência você se expõe a ela? Acredite, sua saúde mental depende em grande parte desses fatores, conforme veremos mais detalhadamente em outras postagens.
Amigo leitor, foi um privilégio compartilhar com você neste ano um pouco da minha experiência. Gostaria muito de saber se o ajudei de alguma forma. Se puder, compartilhe aqui seu comentário, experiência, aprendizado ou pelo menos seu nome para que eu possa orar por você no novo ano. Será um prazer apresentar seu nome diante dAquele “que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós” (Efésios 3:20).
Que em 2016 sejamos capazes de oferecer nosso corpo, que “é santuário do Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19), “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Romanos 12:1). Na dúvida, lembre-se sempre: “quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).
Um grande abraço e até mais…
Referência
NEDLEY, Neil. Como sair da depressão. Tatuí: Casa, 2010.
WHITE, Ellen. Mente, caráter e personalidade. v. 1. 5. ed. Tatuí: Casa, 2005.